O FILHO QUE EU QUIS
O FILHO QUE EU QUIS
Conheci-te como ave assomada em seu canto!
Tua voz, como luz revelada no cálice vazio de tempo.
Amanhecer!
A finura
do ouro e a verde
frescura
do vento abriram o segredo do bosque escolhido,
onde o silêncio se irmana,
na luz ciciante,
com a inocência da água.
Vieste,
na brisa,
como remota corrente,
semear teu aroma na terra inflamada.
Pressentia o rumor,
nas selvas e longes,
da neve, com gretas de sol, sobre os cumes.
Caíu sobre o campo o mistério mais lúcido,
como um canto de vozes futuras, que tu,
com gesto adolescente,
desfraldas ao vento...
Um perfume de sangue e de neve
é, agora,
a chuva reclinada sobre a sede do campo,
que encheu o crepúsculo fugido...
Vieste,
na brancura imponderável do cisne sobre a água,
como um pássaro,
semear teu aroma
na terra inflamada.
Conheci-te como ave assomada em seu canto!
Tua voz, como luz revelada no cálice vazio de tempo.
Amanhecer!
A finura
do ouro e a verde
frescura
do vento abriram o segredo do bosque escolhido,
onde o silêncio se irmana,
na luz ciciante,
com a inocência da água.
Vieste,
na brisa,
como remota corrente,
semear teu aroma na terra inflamada.
Pressentia o rumor,
nas selvas e longes,
da neve, com gretas de sol, sobre os cumes.
Caíu sobre o campo o mistério mais lúcido,
como um canto de vozes futuras, que tu,
com gesto adolescente,
desfraldas ao vento...
Um perfume de sangue e de neve
é, agora,
a chuva reclinada sobre a sede do campo,
que encheu o crepúsculo fugido...
Vieste,
na brancura imponderável do cisne sobre a água,
como um pássaro,
semear teu aroma
na terra inflamada.
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